quarta-feira, 14 de maio de 2014

Cultivo de oliveiras ganha força nas lavouras do Rio Grande do Sul

Cerca de 75 produtores estão cultivando oliveiras no Rio Grande do Sul. A estimativa de colheita já chega a 350 toneladas de azeitona e de uma produção de aproximadamente 45 mil litros de azeite de oliva. Segundo a Emater, em 2005 apenas três produtores investiam na plantação no estado, em um total de 10 hectares cultivados. Atualmente são 1,2 mil hectares.
Em Pinheiro Machado, na Região da Campanha, está localizada uma das maiores propriedades com produção de oliva no Rio Grande do Sul. São 42 mil pés plantados em 120 hectares. A expectativa do produtor e empresário Luiz Eduardo Batalha é colher pelo menos 80 mil quilos da fruta. Na propriedade, 70% da produção é destinada a fabricação de azeite de oliva. O restante será de azeitona de mesa.
No local também funciona uma indústria de preparo de azeite. As frutas são colocadas em aparelhos específicos, lavadas e têm as folhas retiradas. Depois, as azeitonas são moídas e um outro aparelho extrai o líquido para a separação da água e do azeite. O processo termina com o azeite pronto para consumo e necessita do apoio de apenas um funcionário.
Batalha conta que as plantas estão com uma média de três anos e quatro meses de idade e com uma produção de cerca de 12 quilos por pé. “Nosso projeto é atingir 300 hectares. Não vamos parar até lá”, afirmou.
O cultivo de azeitona pode complementar a renda de pequenos e médios produtores, possibilitando a integração da criação de ovelhas com as plantações de oliveiras na região. Segundo o pesquisador da Embrapa Enilton Coutinho, 80% dos produtores gaúchos de azeitona estão na região Sul e a rentabilidade tem chamado a atenção. “Existe um mercado totalmente aberto para o azeite. O Brasil importa a totalidade desse produto, que faz muito bem pra saúde”, explica. Ele também diz que o produtor pode conseguir uma renda líquida de aproximadamente R$ 20 mil por hectare.

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