quinta-feira, 16 de abril de 2015

Caminho das Oliveiras, no Sul de Minas, é inaugurado

Percurso total do Caminho das Oliveiras, entre Pouso Alto e Maria da Fé, é de 100 km, e pode ser percorrido em sete dias, na média de 15 km diários, com apoio técnico.

caminho das olivveiras Caminho das Oliveiras, no Sul de Minas, é inaugurado

Que o Sul de Minas é um lugar místico, de belas paisagens e propício a caminhadas, trilhas, esporte de aventura e ecoturismo, todos que aqui visitam não ficam com dúvidas. E é por este potencial que mais uma possibilidade de divulgar a região, a mais visitada de Minas Gerais, é inaugurada: “Caminho das Oliveiras”.
Entre os dias 16 e 26 de março, a empresa Trilhas d´água Passeios Ecológicos realizou o primeiro roteiro do Caminho das Oliveiras, que passa por cidades que integram dos Circuitos Turísticos: Terras Altas da Mantiqueira, Estrada Real, CRER (Caminho Religioso da Estrada Real), Caminhos do Sul de Minas e Caminho dos Anjos.
Cidades como Pouso Alto, São Sebastião do Rio Verde, Itanhandu, Passa Quatro, Virgínia, Dom Viçoso, Pintos Negreiros e Maria da Fé estão cultivando oliveiras para produção do azeite extra virgem de alto padrão de qualidade, atraindo a atenção de especialistas da área. A produção de azeite do Sul de Minas colabora com o crescimento em 150% em 2015 em relação ao produzido em 2014, em todo o estado de Minas Gerais.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Estado terá programa de fomento para olivicultura

Objetivo é que a produção de azeite atenda à demanda do Estado
Adriana Lampert
Diminuir as importações de azeite de oliva e fazer com que o Rio Grande do Sul possa
suprir a demanda de mais de 2 milhões de litros do produto comercializados anualmente 
em supermercados gaúchos é um dos focos do Programa Estadual da Olivicultura.
O pontapé inicial foi dado ontem, na sede da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seapa),
onde ocorreu um seminário envolvendo mais de 60 pessoas, entre técnicos
das Câmaras Setoriais,
produtores de oliveira, fabricantes de azeite e representantes de secretarias municipais,
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e de entidades
como Fepagro,
Embrapa e Emater. A iniciativa de reativar o grupo criado em 2009 visa ainda 
a equacionar as demandas da cadeia produtiva da oliveira, tanto de produtores quanto
de indústrias e do varejo.

"A partir de subsídios colhidos junto a entidades e a todos os envolvidos na cadeia

produtiva,
pretendemos estruturar o programa, já que a atividade vem crescendo no Estado
e tem grande potencial", observou o titular da Seapa, Ernani Polo. Segundo dados 
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), atualmente 
o Rio Grande do Sul conta com aproximadamente 3 mil hectares e apresenta ritmo
crescente de expansão, com novas áreas sendo plantadas. A maioria fica
na Metade Sul do Estado (Caçapava do Sul, Dom Pedrito, Bagé, Santana
do Livramento, Rosário do Sul,
Jaguarão, Canguçu e Cachoeira do Sul). Conforme o coordenador-geral das câmaras
setoriais do governo gaúcho, Rodrigo Rizzo, a atividade é uma fonte extra de
renda para produtores de arroz, de frutas e de ovinocultura de corte.

A extração de óleo e fabricação de azeite de oliva ainda é pequena e abastece

apenas o Estado:ao todo, cinco fábricas atuam no mercado gaúcho, com pouca
participação nas vendas. "A maior parte do que é consumido no Rio Grande do
Sul é importado da Grécia, Espanha e Itália", 
aponta Enilton Coutinho, engenheiro agrônomo da Embrapa. Acostumado a
realizar a introdução de oliveiras de outros países e coletar material para seleção,
o técnico da Embrapa afirma que, em termos de
qualidade, a produção gaúcha é competitiva. "Nosso produto é excelente",
resume, completando que o azeite de oliva gaúcho é obtido através do cultivar
chamado arbequina. "É mais equilibrado,então não tem um destaque tão picante
nem tão amargo."

Ernani Polo chamou a atenção para o que considera um "passo adiante"

para o desenvolvimento da cadeia produtiva de oliveiras, com foco no estímulo do
consumo do produto gaúcho. "Isso só será possível através do fortalecimento do
setor." Na opinião de Rizzo, apesar da boa qualidade dos produtos,
há necessidade de regramento e novas variedades que sejam mais adequadas às
condições de solo, clima,relevo e vegetação do Estado. "Aí entra a Embrapa,
para identificar zonas produtoras e fortaleceras associações entre os agricultores."

O gerente técnico estadual da Emater, Valmir Wegner, aponta a importância do

programa para o complemento de renda de agricultores familiares do Estado.
Segundo Wegner, atualmente há 120 produtores de oliveira cadastrados no
Rio Grande do Sul. "É uma cultura cuja cadeia produtiva não está bem organizada
e tem deficiência de mão de obra na indústria", afirma. Segundo Francisco Gama,
engenheiro agrônomo e fiscal federal do Mapa, apenas 39 agricultores estão habilitados
no ministério para realizar o plantio no Estado. "Requer investimento alto",
avalia Coutinho, lembrando que as linhas de crédito para o cultivo ainda são
incipientes. "A vantagem é que é um produto que perde o caráter perecível -
pode ser colhido a qualquer momento - e tem alta rentabilidade por hectare."

Empresas buscam benefícios fiscais

Para as empresas da cadeia da olivicultura, as principais demandas do setor
estão na legislação e na tributação. Responsável pela produção de 150 mil mudas
de oliveira por ano, a Tecnoplanta,de Barra do Ribeiro, defende a regularização
dos agroquímicos para o cultivo da oliveira, a necessidade de aumento da base
genética e a desoneração de impostos. "A gente investe um volume muito grande
de recursos, e isso gera um aprendizado amplo, que vai ficar de legado para os
agricultores. Este custo poderia ser transformado em algum benefício fiscal", 
sugere o diretor técnico da empresa,
Osmar Paulo Pereira da Rosa. Para ele, o ICMS é o imposto que mais pesa no
orçamento das fabricantes de azeite de oliva.
"Já faz algum tempo que pleiteamos por linhas de financiamento para compra de
maquinário, tanto para otimizar a coleta, quanto para extração do azeite", completa
o sócio-proprietário da Olivas do Sul,Daniel Aued. "O produtor já faz investimento
alto para implementar o pomar (R$ 10 mil cada hectare),
seria importante ele não precisar pagar adiantado (antes de colher) por estes equipamentos.
" Segundo o empresário, o licenciamento de produtos, como defensivos que possam
ser liberados para a cultura, é outra demanda urgente.

Produção de azeite em Minas vai dobrar com safra de azeitona

Produto processado a partir da oliveiras plantadas no estado deve registrar recorde este ano. Os 25 mil litros previstos representam aumento de 150% do que foi produzido no decorrer de 2014

A oliveira, conhecida como a árvore da vida, por causa da sua logenvidade, está renovando o fôlego da produção agrícola no estado. Ainda em pequena escala, a atividade ganha novos adeptos e a área cultivada cresce a um ritmo de 10% ao ano. Em 2015, a produção mineira do puro azeite de oliva extravirgem vai mais que dobrar, atingindo 25 mil litros. O recorde coincide com o início da produção da maior parte dos olivais, cultivados no estado a partir de 2009. Com a possibilidade de a linha pública de crédito chegar ao mercado, o promissor campo das oliveiras começa agora a ser uma promessa também para os pequenos produtores.
Hoje, pelo menos 40 municípios do estado já cultivam a espécie para extração do azeite. São cerca de 60 produtores concentrados principalmente no Sul de Minas, na região de Maria da Fé e Aiuroca, na Serra da Mantiqueira, e nas proximidades de Barbacena, na Região Central do estado. Como a oliveira pede terrenos de altitude e baixas temperaturas, as cultivares desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) estão prosperando com excelente adaptação nessas regiões. Elogiado por especialistas europeus, o azeite mineiro alcança preços que no varejo chegam a R$ 140 por litro. Colhido a partir de azeitonas sadias, o azeite feito no Brasil, além da excelência na qualidade, leva uma vantagem em relação ao concorrente importado: pode ser consumido fresquinho, sem passar por longo período de armazenagem. “É um produto de ótima qualidade, extravirgem e que chega rapidamente ao consumidor. O ideal é que o azeite seja consumido dentro do seu ano de produção. Depois disso, ele já começa a perder algumas características”, explica Nilton Caetano de Oliveira, consultor e ex-presidente da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive).

Aposta
A possibilidade de retorno diante dos bons preços alcançados no mercado tem atraído produtores, mesmo que os investimentos iniciais sejam altos e o retorno, de médio prazo. Segundo Nilton Oliveira, nos primeiros quatro anos, são necessários R$ 30 mil por hectare, sendo que 50% desse recurso é gasto logo nos primeiros 12 meses. Em média, as propriedades de Minas têm de 10 a 15 hectares com oliveiras. O volume de investimentos ainda tem sido feito, em sua maioria, sem financiamentos. Na região de Aiuroca, as produtoras Ângela Duvivier e Isabel Carneiro trocaram o Rio de Janeiro pela Reserva do Sauá. Além de trabalhar para preservar a natureza, elas incluíram as oliveiras na vida nova. A primeira colheita foi de 300 quilos. Neste ano, a segunda safra, colhida 100% manualmente, já saltou para 12 toneladas, transformadas em 1,2 mil litros de azeite. “O produto é tão bom que mais parece um suco de oliva”, descreve Ângela, que vai vender garrafas de 250ml por R$ 40, preço que é reduzido na venda por atacado. “Estamos gostando muito da experiência. O clima aqui é próprio, é frio e as chuvas do verão têm boa drenagem. Buscávamos uma atividade que pudesse contribuir para sustentar a reserva”, explica a produtora.
Desde que o primeiro azeite de oliva brasileiro foi extraído em Maria da Fé, em 2008, a produção mineira só cresceu. No ano passado, foram 10 mil litros. Para este ano, a expectativa é que o resultado mais que dobre. Luiz Fernando de Oliveira, pesquisador da Epamig, explica que tem aumentado o interesse de produtores, buscando a empresa para informações técnicas sobre a cultura. Hoje, são 700 mil oliveiras plantadas na Serra da Mantiqueira e o potencial do estado é para atingir até 3,5 milhões de litros de azeite na próxima década.
As oliveiras brasileiras ainda são jovens e não atingiram sua plena produção, isso sem contar as nova florestas que se iniciam. Estudos europeus mostram que a partir do quarto ano de vida a produção é crescente, estabilizando perto do 12º aniversário. E não é porque o ramo da oliveira sinalizou para Noé que depois do dilúvio ainda havia vida na terra que a árvore é conhecia como a espécie da vida. “Na europa, existem registros de oliveiras com 200 anos em plena produção”, lembra o pesquisador.

"Análise sensorial dos azeites OLIQ"

 O azeitólogo Marcelo Scofano faz exame sensorial dos azeites OLIQ da safra 2015 no lagar da Fazenda Santo Antônio do Bugre, no último domingo. Acompanham a análise o novo presidente da Associação de Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira, Carlos Diniz, os sócios de OLIQ e seu mestre lagareiro, Mário Marcolino, e os produtores Elda Diniz e Ronaldo Adriano da Cruz. Todos os azeites são aprovados. O destaque da safra: o monovarietal arbequina. A análise química, já realizada, revelou índices de acidez em torno de 0,17%.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Mantiqueira ingressa com potencial no mercado do Azeite Extra Virgem

Posted on 
Mantiqueira ingressa com potencial no mercado do Azeite Extra Virgem

Em São Bento do Sapucaí, cidade vizinha a Campos do Jordão, o Azeite Oliq já da seus “primeiros passos” em direção ao reconhecimento como azeite extra virgem de qualidade.
  Fruto do espírito empreendedor de Vera Masagão Ribeiro e seu marido Antônio Gomes Batista, da Fazenda Bugre e Cristina Vicentin, da fazenda São José do Coimbra, formaram o núcleo de produtores rurais que se dedica à olivicultura e investe em maquinário.
Minas Gerais e o Rio Grande do Sul já se posicionam de forma mais concreta nesse mercado mas a Serra da Mantiqueira tem história com o Azeite, é o que conta o Edmundo Ferreira da Rocha no site Campos do Jordão Cultura relatando registros do historiador Pedro Paulo Filho.
Antonio de Oliveira Pires, português de nascimento e jordanense por adoção, que chegou às nossas terras no ano de 1936 para tratamento de saúde. Natural de Leiria, Pires foi pioneiro em nossa cidade inaugurando, no mesmo ano, primeira linha de transporte urbano, ligando as Vilas Abernéssia, Jaguaribe e Capivari, denominada Viação Campos do Jordão.

Em 1951 vendeu sua linha de ônibus para a empresa Pássaro Marrom, e passou a se dedicar ao cultivo de azeitonas para fabricar o primeiro azeite nacional, “tendo sido bem sucedido e provocado grande repercussão em São Paulo”.
Segundo o historiador, “em oito de abril de 1959, o engenheiro Irineu Gonçalves da Silva, do Departamento de Produção Vegetal, da Secretaria de Agricultura, convidou as autoridades municipais para a inauguração do Lagar de fabricação de azeite de oliva, instalado na Pousada da Serra, enfatizando o pioneirismo da olivicultura industrial no Brasil”
“Dois dias depois, o jornal O Estado de São Paulo, sob o título ‘Primeira fábrica de Óleo de Oliva’, noticiava a inauguração da destilaria que, embora pequena, resultava do pioneirismo de seu proprietário, em atividade ainda completamente inédita no Brasil.”
A audaciosa intenção para 2015 é saltar de 400 litros produzidos no ano passado, para 15 mil litros, e no mínimo quadruplicar o faturamento.