quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Produção de azeite de oliva cresce e mercado mundial aposta no Brasil

A produção de azeitonas de mesa e de azeite de oliva, após forte queda na safra 2012/13, volta a se recuperar.
E os produtores mundiais estão de olho no Brasil, um mercado que tem dado bom fôlego ao setor. A produção mundial de azeite de oliva deverá atingir 3,2 milhões de toneladas em 2013/14, um volume 14% maior do que em igual período anterior.
Os dados são do IOC (conselho internacional do setor), que aponta, ainda, uma produção de 2,5 milhões de toneladas de azeitonas de mesa.
A Espanha, após uma perda de 62% na produção de azeite na safra passada (outubro de 2012 a setembro de 2013), devido ao clima desfavorável, liderará a produção de azeite, somando 1,5 milhão de toneladas na próxima.
A União Europeia liderará a produção de azeitonas, com 700 mil toneladas -500 mil sairão da Espanha.
Segundo o conselho mundial dos produtores, o Brasil se posiciona bem nesse mercado como importador. A compra de azeitona deverá crescer 13%; a de azeite, 2% na safra que se encerra.
Os espanhóis são os grandes beneficiados pelas importações brasileiras, devido ao aumento de 19% das compras do Brasil. Em valores, a alta foi de 42% neste ano.
Os dados do IOC indicam que as importações brasileiras somam 99 mil toneladas de azeitonas nos 11 meses da safra de 2012/13.
O Brasil acumulará compras de 105 mil toneladas em 2012/13, o que o coloca atrás apenas dos EUA, os líderes isolados -não incluídos os países da União Europeia.
O IOC aponta, ainda, que o Brasil importou 69 mil toneladas de azeite de outubro de 2012 a agosto, o que coloca o país também na lista dos principais importadores.
Na América do Sul, a liderança de produção de azeitona é da Argentina, com 140 mil toneladas, vindo a seguir Peru (80 mil) e Chile (34 mil).
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Os produtores brasileiros também tentam entrar nesse mercado, mas as exigências climáticas das lavouras reservam poucas áreas do pais à olivicultura.
O Brasil tem hoje 2.000 hectares plantados, metade deles na serra da Mantiqueira, conforme estimativas de Nílton Caetano de Oliveira, presidente da Assoolive (Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira) e consultor em olivicultura.
Oliveira diz que o país tem 1 milhão de plantas, 50% delas na fase de dois a três anos. A planta começa a produzir de quatro a cinco anos.
Quando toda essa lavoura plantada entrar em estágio produtivo, o país terá pelo menos 2% da necessidade do consumo abastecido por produção interna.
A olivicultura cresce 20% ao ano no Brasil e atrai produtores não tradicionais à agricultura, como empresários de diversas áreas.
O produtor que decidir por essa cultura investirá R$ 10 mil iniciais por hectare e mais R$ 10 mil até que a planta entre na fase produtiva.
Para o consultor, o investimento compensa porque a produção é de mil litros por hectare, e o azeite é vendido por R$ 50 por litro. No ano passado, esteve a R$ 100.

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