terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Azeite Brasileiro: Registro inédito de indicação geográfica fortalecerá o novo produto nacional

Azeite: registro de IG fortalecerá produto nacional


O Brasil poderá obter o primeiro registro de origem de azeite. Esse registro garantirá e ampliará o acesso a mercados internos e externos, além de possibilitar a organização da produção e a geração de emprego e renda aos produtores rurais. Para viabilizar a Indicação Geográfica (IG), técnicos especializados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro avaliarão a delimitação geográfica e conhecerão algumas propriedades, em Minas Gerais, que produzem o azeite extravirgem. Entre as propriedades a serem visitadas, a Fazenda Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em Maria da Fé, e a produção de olivicultores da região. A visita na região será entre os dias 12 e 15 de dezembro.
De acordo com a coordenadora de Incentivo à Indicação Geográfica de Produtos Mapa, Beatriz Junqueira, os técnicos terão respaldo para a emissão do documento de instrumento oficial a partir dessa visita. Após a avaliação e emissão de documento oficial a Epamig e a Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Antiqueira (Assoolive) darão início ao pedido de obtenção de registro de origem junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Segundo o chefe da Divisão de Propriedade Intelectual da Epamig, Marcelo Alves, caso obtido, será o primeiro registro de origem de azeite no Brasil e na América Latina. “Esse registro garante e amplia o acesso a mercados internos e externos, além de viabilizar a organização da produção e a busca do lucro coletivo”, disse.
O processo de registro e indicação geográfica e denominação de origem para esse produto produzido nos Contrafortes da Mantiqueira foi iniciado pela Epamig e Assoolive. A área geográfica do “Azeite dos Contrafortes da Mantiqueira”, é de cerca de 5.842.546 hectares aptos ao desenvolvimento da olivicultura e integra 184 municípios da região. A região apresenta características edafoclimáticas e aspectos socioeconômicos adequados para a produção de azeitona de mesa e de extração de azeite, através de um sistema de certificação e controle da qualidade. Em 2010, o Brasil importou cerca de 50 mil toneladas de azeite. Em 2012 foram processadas no Núcleo Tecnológico EPAMIG Azeitona e Azeite 25 toneladas de azeitonas, permitindo a extração de 3.200 Kg de azeite. Segundo a Assoolive, a produção estimada para 2015, nessa região, é de 800 toneladas de azeite, o que equivale a 1,6% da importação brasileira em 2010.
Saiba mais sobre a olivicultura em MG:
Os primeiros cultivos de oliveira em Maria da Fé ocorreram na década de 1930 pela família do imigrante português Emídio Ferreira dos Santos. A multiplicação de mudas também foi realizada pelo português Emídio. As pesquisas com a oliveira tiveram início na década de 1950, na Estação Experimental de Maria da Fé (FEMF), atualmente, Fazenda Experimental de Maria da Fé.
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