sexta-feira, 23 de março de 2012

Azeite extra-virgem é produzido em escala comercial no Sul de Minas

Expectativa é extrair 3 mil litros de azeite em 20 toneladas de azeitonas.
Produção experimental de oliveiras começou há mais de 50 anos. 

Saiba mais...

http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2012/03/azeite-extra-virgem-e-produzido-em-escala-comercial-no-sul-de-minas.html

6 comentários:

  1. Essa escala não é comercial e sim artesanal e o índice de 15% ( 3 mil litros para 20 mil quilos de fruta é escandalosamente baixo). É preciso maior seriedade com estas informações de Minas. O sistema de aproveitamento de resíduo (bagaço de azeitona) na relação fruto óleo precisa ser de no minimo 50% peso de fruto e 50% óleo. Com estes indices ideias de produção ela deveria ser algo próximo de de 10 mil litros para as vinte toneladas in formadas. Me preocupa tudo isso porque leva o pequeno agricultor a pensar que esse rendimento divulgado é ou "parece ser ideal" e não é ! São precisos equipamentos ideais para maximização da extração e os equipamentos de extração precisam ser mais sofisticados e automatizados, a julgar pela informação fornecida dos números.
    Alerto que custo produtivo com esse rendimento divulgado será o endividamento do agricultor pequeno em muito pouco tempo, mas exitem soluções... Cosmo F. Pacetta

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  2. Prezado Sr. Cosmo,
    quem seria o senhor mesmo? Não me recordo de nenhuma contribuição dada pela sua pessoa a olivicultura mundial, tão pouco pela nacional.
    Procure fazer algo de concreto como nossos colegas, de Minas (Epamig) ou da região Sul do país vem fazendo para depois fazer uma critica infundada, principalmente no que se refere a 50% de rendimento...
    Aos que vem desempenhando um brilhante papel, deixo aqui meus parabéns e sucesso...estamos apenas no início da caminhando, mas já saímos da condição e "improdutores"
    Att.
    Eduardo Batista

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    1. Prezado Eduardo, boa tarde!
      Para estimular o debate, promover criticas construtivas e buscar por aprimoramento, seja em que área for, não se faz necessário ter contribuído mundialmente com a proposta da causa, se é que me entende.
      Sou um cultivador pequeno e modesto de oliveira em Bueno Brandão, sul de Minas Gerais desde 2002 e como agricultor tenho minhas modestas pesquisas no campo que me subsidiam na busca de mais conhecimento, se desejar saber mais a meu respeito digite meu nome no Google ou no Youtube.
      Por favor, peço que estude o artigo de mestrado publicado pela UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA no INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA para a avaliação do potencial produtivo e implicações energéticas (FREITAS 2007) do azeite de oliva onde é mostrado as diversas formas produtivas e seus rendimentos correlacionados, portanto os comparativos entre produção centrifugada e tradicional, que valeria muito apena A SUA leitura , e que foi o fruto do meu questionamento.
      Sr. Eduardo quanto a crítica ela não é infundada, antes uma preocupação para que o processo produtivo se inicie no Brasil de forma sustentável e com coerência afastando de nós, produtores, ilusões e para que possamos, quem sabe, assim como no caso da soja ou da cana de açúcar, nos tornarmos lideres de produção quiçá mundial, porém com muito estudo, com projetos definidos e com conhecimento de causa.
      Cosmo F. Pacetta,
      Mestrando em Eng. Alimentos USP – Pirassununga.
      Pós Graduação UFSCAR – Agronomia Sustentável.

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  3. Prezado Cosmo F. Pacetta
    seria interessante uma visita sua a Fazenda Experimental da Epamig em Maria da Fé.
    Mas vamos lá...
    O rendimento citado refere-se a 1ª prensa, pois não se reprocessa a massa para se retirar os “demais azeites”, de classificação inferior, o que poderia então chegar a um rendimento final maior, inferior aos 50% citado por você.
    Outro fato a se levar em consideração é quando algumas pessoas resolvem comparar a tecnologia dos nossos colegas europeus, argentinos e chilenos, que já vem desenvolvendo uma indústria extratora de azeite a muitos anos, com nós brasileiros, que estamos no terceiro ano de extração. Isso é uma questão incomparável.
    Com você bem sabe, a atividade é recente no país e o processo de extração mais ainda.
    Mas levando em consideração que umas das únicas unidades de extração existente no Brasil é na Epamig, acredito eu, que nesse momento da atividade, 15% seja um bom negócio, principalmente se tratando de uma azeite de 1ª pensa e com uma qualidade comparável aos azeites produzidos pelos grandes países produtores. Acabo de receber a informação de um produtor local sobre a análise química do seu produto, o qual teve todos os índices dentro do padrão exigido pela legislação, além de uma acidez de 0,22%.
    É claro que novos métodos, novos maquinários e novas tecnologias irão chegar em nosso território, mas isso não se constrói da noite para o dia. Em nenhum momento o produtor esta sendo enganado com a informação, até mesmo porque sempre ficou claro a ele que este rendimento médio é de prensa única e que existem sim possibilidades de reprocessamento da massa, as quais existem trabalhos dentro da Empresa para resolver esta questão.
    Sugiro uma maior compreensão da sua parte e que continue trabalhando para fortalecer a olivicultura nacional.

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    1. Olá Luiz Fernando,
      Boa tarde! Realmente são compreensíveis, do ponto de vista de inicio produtivo, estes índices apresentados e espero realmente que eles possam melhorar gradativamente.
      O importante, entretanto é informar ao agricultor sobre a produção gradativa da azeitona e que estas taxas percentuais de extração ainda são baixas, mas que podem melhorar muito em relação aos índices que atualmente foram passados. Continuo pensando que é um risco para pequenos agricultores investirem “tudo” na cultura que tem um ciclo longo de retorno, muito maior que o eucalipto, por exemplo.
      Outro ponto que em minha opinião deve ser também debatido é com relação ao resíduo gerado pela moagem da azeitona, o bagaço, como deve ser de conhecimento ele causa grande impacto ambiental.
      Meu objetivo é estimular o debate sério e construtivo e alertar sobre as dificuldades como existe em qualquer seguimento e não ser contrário, de forma alguma, ao projeto no qual acredito e sou um dos pioneiros no cultivo da oliveira no Brasil, com algumas mudas adquiridas da EPAMIG em 2005. O trabalhão também vem sendo realizado no sul do país com bastante entusiasmo, espero que com as preocupações inerentes aos meus comentários acima.
      Forte abraço!
      Cosmo F. Pacetta

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    2. Prezados Senhores Cosmo, Eduardo e Luiz Fernando.
      Bom dia!!

      Meu nome é Marcelo Sá, estaremos disponibilizando nos próximos dias o site: www.clubedoazeite.com.br Esse clube visa a atender quem quer receber mensalmente com facilidade, azeites do mundo inteiro. Sempre fui entusiasta, apreciador e consumidor de azeite extra virgem. Estaremos no próximo dia 13, em Maria da Fé, para adquirirmos o azeite mineiro para ser o lançamento do clube. Não só pela peculiaridade, mas pela já atestada qualidade. Pesquisando sobre a cidade e sobre o azeite, deparei-me com esse blog. Não sou técnico, mas como disse, sou curioso e atento a este assunto. Portanto se houver aqui algum contrassenso peço que me perdoem. Soube recentemente, que no município espanhol de Malagón, pesquisas apontam para um novo método de extração, que permite uma maior produção a partir de uma mesma quantidade de matéria prima. Esse processo é obtido com aplicação de choques elétricos à azeitona, abrindo seus poros antes de espremer, através de campo elétrico. Não seria o caso de já voltar o olhar para esse novo processo, mesmo que a longo prazo, para que se possa investir nesta nova tecnologia?
      Sr. Cosmo, seu azeite artesanal nos interessa muito. É possível disponibilizarmos em nosso clube?
      Um grande abraços a todos.

      Marcelo Sá
      Clube do Azeite

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