O Brasil é o segundo maior importador de azeites do mundo. Em 2015, foram 72 mil toneladas do produto, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, com 290 mil toneladas compradas do exterior, no mesmo período.
O mercado interno, ainda que incipiente, já desponta com bons pequenos produtores, que têm conseguido conferir qualidade às safras nacionais.
Ou seja: azeite, por aqui, é coisa séria. Arnaldo Comin, especialista em azeites (do empório Rua do Alecrim), fala sobre aspectos decisivos na hora de julgar a qualidade de um bom exemplar: “Bons azeites são frescos, de produtores identificados”.
Diz ainda:”É ilusório achar que azeite abaixo de R$20 tenha boa qualidade”. Mas pondera que, apesar dos preços nas alturas, é possível encontrar um meio-termo em supermercados.
1) Fique atento ao produtor: procure pelo produtor no rótulo do azeite. Normalmente, encontra-se com facilidade o engarrafador, mas essa informação não é garantia de qualidade. O que acontece, na verdade, é que alguns engarrafadores misturam diversos azeites, de diferentes produtores. Resultado: menor quantidade possível de azeite de melhor qualidade, misturado a azeites mais baratos.
2) A idade do azeite ajuda a definir sua qualidade: quanto mais novo, melhor. Essa, definitivamente, é uma regra a ser seguida. Portanto, antes do prazo de validade, confira a data de produção. Os melhores azeites são os mais frescos, aqueles cuja acidez (oxidação das azeitonas) é mais baixa.
3) O preço do azeite: não dá para fazer milagres. Especialmente, com azeites importados. Diz Arnaldo: “abaixo de R$20, não é possível levar pra casa nada que valha a pena”. E a dica serve para nacionais e estrangeiros. Azeite de produtor único, com acidez até 0,5%, vai custar mais caro, sim. Mas, para quem gosta de azeite, não há pior sensação do que experimentar azeite insosso, sem identidade. “Azeite é alimento completo, não um complemento”, define Arnaldo.
Afora essas três dicas, vale lembrar do pós-mercado: na hora de guardar, evite a luz, calor e, em relação ao prazo de validade, o azeite costuma estar bom para consumo até dois anos após a fabricação.
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