quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Azeite Nacional EPAMIG realiza a 10ª edição de Dia de Campo de Olivicultura

Belo Horizonte (26/02/2015) – A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) irá realizar a 10ª edição do Dia de Campo de Olivicultura, no dia 13 de março, na Fazenda Experimental da Empresa, em Maria da Fé, na região Sul de Minas Gerais. O evento atrai olivicultores e empresários de diversos estados do Brasil.
O Dia de Campo de Olivicultura é referência em transferência e difusão de tecnologias para extração de azeite extravirgem brasileiro. Durante o evento, serão divulgados estudos de produção azeite, extraído a partir de variedades de azeitonas adaptadas por meio de pesquisas da EPAMIG, que vêm se consolidando na região dos Contrafortes da Mantiqueira, que abrange municípios dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
De acordo com o pesquisador da EPAMIG, Luiz Fernando de Oliveira, nesta edição serão apresentadas novidades em processamento da azeitona, técnicas de reutilização de resíduo da produção de azeite, polinização de frutos de oliveira e evolução da maturação e ponto de colheita das azeitonas.
Os participantes poderão ainda acompanhar a extração de azeite, conhecer publicações sobre olivicultura, cosméticos à base de óleo de oliva e equipamentos para colheita de azeitona. A inscrição para o 10º Dia de Campo de Olivicultura é gratuita e pode ser feita no local do evento. Mais informações: (35) 3662-1227 / (35) 3829-1190.
Safra 2015
A safra 2015 de azeite extravirgem na região da Serra da Mantiqueira teve início na última semana de janeiro. Na Fazenda Experimental da EPAMIG em Maria da Fé, sede do Núcleo Tecnológico EPAMIG Azeitona e Azeite, até o momento foram 1000 litros de azeite. O processamento deve ocorrer até a primeira quinzena de abril.
De acordo com o presidente da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive), Nilton Caetano de Oliveira, a expectativa para 2015 é processar mais de 20 mil litros de azeite, o dobro do ano anterior, produzidos em municípios dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. "Em 2014 tivemos novos plantios de oliveira que somaram cerca de 100 hectares", comemora.
Segundo Nilton, o processamento de azeite na região da Mantiqueira, até então realizado apenas na Fazenda da EPAMIG, este ano será feito em outras propriedades. "Teremos um número maior de indústrias em funcionamento, sendo que atualmente encontra-se lagares em Minas Gerais - Aiuruoca, Barbacena, Catas Altas da Noruega, Delfim Moreira, Monte Verde e Poços de Caldas, em São Paulo - Campinas, Lorena, São Bento do Sapucaí e Silveiras", explica. 
 Assessoria de Comunicação da EPAMI
(31) 3489-5022/ 3489-5023

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

1° Mostra Tecnológica de Olivicultura

10° Dia de Campo da Olivicultura dos Contrafortes da Mantiqueira.


Dia 13/03/2105


Local Fazenda Experimental da EPAMIG.
Rua Washington Alvarenga Viglioni s/n.
Bairro Vargedo Maria da Fé MG


8:00 horas Inscrições


8:30 Abertura
Lançamento do Informe Agropecuário Azeite de Oliva: Ouro Verde  Amarelo
_Adelson F. de Oliveira- Pesquisador da Epamig Sul de Minas
_Luiz Fernando de O. da Silva- Pesquisador da Epamig Sul de Minas


9:30 Dinâmica de Campo
_ Estação 1 - Utilização do Resíduo da Produção de Azeite
_ Adelson F. de Oliveira- Pesquisador da Epamig Sul de Minas


_Estação 2 - Polinização e Vingamento de frutos da oliveira
_Luiz Fernando de O. da Silva- Pesquisador da Epamig Sul de Minas
_Carolina R. Zambon- Doutoranda da UFLA


_Estação 3 - Evolução e Maturação e Ponto de Colheita das Azeitonas
_Emerson D. Gonçalves- Pesquisador da Epamig Sul de Minas
_Pedro H. A. Moura- Pós-Doutorando da UFLA


9:30- 14:00 1° Mostra Tecnológica de Olivicultura


Maiores Informações:
(035) 3662- 1227
(035) 3829-1190

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Curso Intensivo " Qualidade e Produtividade na Extração de Azeite".

A ASSOOLIVE, em parceria com o Azeite OLIQ, vai promover o curso intensivo "Qualidade e Produtividade na Extração de Azeite", ministrado pelo engenheiro Pablo Canamasas. 

Pablo é um dos maiores especialistas em produção de azeite da atualidade, com experiência em lagares de diversos países. Tem sido também por vários anos o instrutor do curso de extração do Olive Center (Master Milling), Universidade da Califórnia, Davis. O curso abordará todas as etapas da extração do azeite e como otimizar os parâmetros de produção para o máximo rendimento e melhor qualidade. Haverá aulas práticas no moderno lagar da Fazenda Santo Antônio do Bugre, onde é produzido o OLIQ.

Local:   Fazenda Santo Antônio do Bugre, São Bento do Sapucaí - SP

Data:   19 e 20 de fevereiro de 2015

As Inscrições já foram encerradas.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Como plantar oliveira

Importador de azeite, o país tem mercado potencial para a olivicultura em decorrência do aumento do consumo de alimentos saudáveis.
Como em outros países do mundo, no Brasil também está aumentando o número de pessoas mais atentas à rotina para garantir um bem-estar físico e mental. Muitos brasileiros estão priorizando uma alimentação equilibrada, dando preferência ao consumo de produtos com mais propriedades benéficas à saúde.
Entre os alimentos considerados importantes em uma dieta de qualidade está o azeite, um derivado do esmagamento da azeitona, fruto da oliveira (Olea europea L.), cuja cultura pode ser fonte de renda para produtores especialmente localizados no centro-sul do país. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais possuem as maiores áreas de cultivo.
Mas novos plantios também se espalham por outros Estados, aproveitando a rusticidade e a baixa exigência da planta por solos muito férteis e regas constantes. Existem até cultivares anãs como opção para plantios em vasos de, pelo menos, 60 centímetros de largura e de profundidade. O clima, contudo, é um fator que restringe a cultura a algumas regiões. Para se desenvolver, a oliveira necessita de temperaturas amenas.
O promissor consumo nacional de azeite é estimulante para novos empreendedores do campo. O mercado ainda precisa crescer muito para suprir a demanda doméstica do produto, que, atualmente, recorre à importação devido à oferta interna insuficiente. O Brasil está nas primeiras posições de maior comprador de azeite no planeta.
Espécie frutífera pertencente à família das oleáceas, a oliveira é uma planta que se dá bem em dias de muitas horas de sol. Também apresenta bom florescimento em invernos amenos e chuvosos, além de verões quentes e secos. Para o desenvolvimento dos frutos, necessita de luz direta e poda, prática que ainda facilita o manejo e a colheita das azeitonas.
Árvore de porte médio, a planta pode chegar até 15 metros de altura dependendo da variedade. A oliveira possui tronco com curvas e folhas em formato de bico de lança, com as quais, em infusão, faz-se chá indicado para combater diabetes e hipertensão.
Utilizada pelo homem há milhares de anos, a oliveira teve seu plantio comercial iniciado aqui no século XIX e tornou-se alvo de pesquisas brasileiras a partir de 1948 no Rio Grande do Sul. Somente sete décadas mais tarde, em 2008, ocorreu a primeira extração de óleo genuinamente nacional, quando a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e a Embrapa Clima Temperado começaram a engarrafar o produto, rico em ácidos graxos insaturados, que são benéficos para aumentar os níveis de HDL, o colesterol bom.
Mãos à obra
>>> Início Há cultivares para produção de azeite (arbequina, arbosana e koroneiki), azeitonas de mesa (ascolana) e ambas as finalidades (galaga alto d’ouro). Dê preferência para as que exigem menores quantidades de horas de frio e diversifique o plantio entre três ou quatro cultivares, para assegurar a polinização e reduzir riscos de perder exemplares com pragas e doenças. O uso de um mesmo cultivar em cada fileira ainda facilita a colheita, já que cada um tem sua época de maturação de frutos.
>>> Ambiente De clima frio é o mais indicado para o plantio. Porém, a cultura não tolera geadas, que danificam galhos, troncos e até diminuem a qualidade dos frutos. O período de floração deve ser seco, pois a umidade pode interferir no processo de polinização da planta, que ocorre por meio do vento.
>>> Plantio Evite áreas que acumulam água e que tenham solo muito fértil. Se houver deficiência nutritiva no solo, adicione anualmente de 18 a 45 quilos de nitrogênio por hectare. Desde que seja moderadamente ácido ou básico, o pH pode oscilar entre 6,5 e 7,5. Em Minas Gerais e São Paulo, plante a oliveira em abril ou maio sob sol pleno. Na Região Sul, indica-se o cultivo em setembro, outubro e novembro (períodos de menor risco de geadas).
>>> Espaçamento Entre linhas e entre plantas, as medidas mais conservadoras são 6 x 6 metros, 6 x 5 metros, 6 x 4 metros ou 5 x 5 metros. No caso de cultivo de 30 a 200 árvores por hectare, pode variar de 7 a 20 metros.
>>> Cuidados Para adubação, espalhe em cada árvore de 0,75 a 0,8 metro cúbico de composto rico em nitrogênio ou esterco em uma área de 2,7 x 2,7 metros. Nos primeiros dois anos de plantio, use o sistema de irrigação de gotejamento de superfície e, em seguida, passe para o enterrado. Por último, faça uma aplicação de nutrientes minerais solúveis em água via sistema de irrigação (fertirrigação). Após cada rega, cubra a área com palha, alfafa, soja ou ervilha, para manter o solo fresco e inibir o crescimento de ervas daninhas. Para o cultivo de frutos, molhe a planta com mais frequência, enquanto para a produção de azeite, reduza as irrigações. Entre o fim do inverno e o começo da floração, comece a poda de cima para baixo, realizando cortes grandes antes dos menores.
>>>Produção A partir do terceiro ano de plantio, com carga total no sétimo ano. Contudo, a falta de irrigação ou a interferência de outros fatores podem adiar a frutificação por vários anos. Maduras, as oliveiras se tornam pretas, com sabor suave e amanteigado. Há azeites, no entanto, que são feitos da mistura entre azeitonas pretas e verdes de sabor apimentado, que são colhidas durante a mudança de cor.
Raio-x
Solo: franco-arenoso, com bom escoamento de água e aeração às raízes
Clima: subtropical ou temperado
Área mínima: 5 hectares
Colheita: após 3 anos do plantio, com pico de produção entre 10 e 50 anos
Custo: R$ 9 mil por hectare, dependendo das condições de solo
*Consultor: Enilton Fick Coutinho é engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Clima Temperado na área de fruticultura e olivicultura, Rod. BR-392, Km 78, 9o Distrito, Monte Bonito, Caixa Postal 403, CEP 96010-971, Pelotas (RS), tel. (53) 3275-8100
Onde comprar: além da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), há viveiristas com notável produção de mudas de oliveira localizados nos respectivos Estados produtores
Mais informações: Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/Chapecó), Serv. Ferdinando Tusset, s/no, São Cristovão, CEP 89801-970, Chapecó (SC), tel. (49) 2049-7510; e Epamig/Maria da Fé, Rua Washington Alvarenga Viglioni, s/no, Vargedo, CEP 37517-000, Caixa Postal 28, Maria da Fé (MG)